Pela literatura feita por mulheres e contra a apatia política!
Episódio do Posfácio com Giovana Madalasso fala sobre o desafio de bater no peito e dizer "sim, sou escritora"
Giovana Madalasso é muito direta em suas palavras e em suas intenções. Ela nasceu em Curitiba em 1975. É formada em jornalismo pela Universidade Federal do Paraná, com graduação em roteiro pela Universidade de Nova Iorque. Durante muitos anos trabalhou como redatora e roteirista de séries. Estreou como contista em 2016, com o livro “A teta racional” (Editora Grua), finalista do Prêmio Biblioteca Nacional. Em 2018, lançou “Tudo pode ser roubado” (Todavia), romance finalista do Prêmio São Paulo de Literatura, cujos direitos foram negociados para a produção de uma série. Em 2020, publicou o romance “Suíte Tóquio”, também pela Todavia.
Atuante no movimento feminista, recentemente foi uma das responsáveis pelo movimento que resultou no encontro de mulheres escritoras em todo o Brasil para o registro de fotos históricas que marcam a potência da literatura feminina.

“A inspiração veio de uma foto feita em 1958, no Harlem, quando Art Kane resolveu registrar a cena efervescente do jazz estadunidense, chamando músicos para uma foto que se tornou histórica e ganhou até nome: A great day in Harlem”, contou Giovana em sua coluna na Folha de S. Paulo.
Pra nós, ela contou ainda mais. Pela primeira vez falando, e não escrevendo sobre esse movimento, avaliou a experiência e falou sobre como foi esse grande encontro. Ouça agora:
Nossa conversa teve diferentes pontos de partida, e foi muito pautada pela Aline Valek, que na newsletter do dia 17 de junho fez uma reflexão muito interessante sobre esse assunto: “Se somos tantas, por que há espaço para tão poucas terem destaque no meio literário? Se somos tantas, por que apenas um punhado de nomes se repete na mídia, na crítica literária, no jornalismo cultural, nas editoras, nas listas e premiações?” A Aline escreve ainda sobre um ponto que foi central na nossa conversa com Giovana: “serei eu escritora o suficiente para estar aqui?”.
O que torna uma mulher escritora o suficiente? As mulheres têm mais dificuldade de se assumirem como autoras? Qual o motivo? Esses foram alguns dos pontos abordados com a Giovana.
Obviamente, conversamos também sobre seus livros, mais especificamente sobe “Suíte Tóquio” e sobre as questões de classe abordadas nele. Esse texto do site Escotilha também trata um pouco sobre o assunto.
Outro tema da nossa conversa foi uma das respostas a uma pergunta feita a Giovana no Questionário Proust, da Revista Gama. Questionada sobre "Que característica mais detesta nos outros?”, ela respondeu “Apatia política". Nós também. E isso rendeu um bom papo!
Os livros citados neste episódio são:
“A teta racional”, Giovana Madalosso
“Tudo pode ser roubado”, Giovana Madalosso
“Suíte Tóquio”, Giovana Madalosso
“Solitária”, Eliana Alves Cruz
“Marinheira de açude”, Michelli Provensi
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