Em vez de escrever, manejar as palavras
Júlia Grilo é um jovem e retumbante talento (e se você gosta de literatura brasileira contemporânea, precisa ler "Cães")
Tem livros em que você identifica todos os motivos que te fazem gostar de literatura, não tem? Pode estar no modo de narrar, na construção das personagens, na história contada. A gente se interessa por tudo isso, mas tem algo particular que nos pega de jeito: a capacidade de manejar as palavras. Segundo o dicionário, manejar é sujeitar à ação das mãos, mover com as mãos, manobrar. Quando a gente lê “Cães”, da Júlia Grilo, percebe que essa jovem e potente escritora tem muitos talentos - e manejar as palavras de uma maneira artesanal e cuidadosa, tirando delas o que de melhor podem oferecer, talvez seja um dos mais perceptíveis.
Júlia Grilo é romancista, ensaísta e cronista. Nasceu no início dos anos 2000 em Salvador, Bahia. Foi em Amélia Rodrigues, na Região Metropolitana de Feira de Santana, que Júlia encontrou os fundamentos para a sua escrita. Aos 15, escreveu o seu primeiro livro, "Perdemos o futuro", um ensaio sobre a escola a partir de sua perspectiva estudantil, mas resolveu não publicá-lo. Dois anos depois, finalizou "Deserção", o seu primeiro romance, também não publicado. “Cães”, de 2020, é o primeiro livro publicado da autora, que está em processo contínuo de escrita. Júlia Grilo vive atualmente em Salvador, onde estuda Psicologia na Universidade Federal da Bahia. Ela é a convidada do Posfácio desta sexta-feira. Ouça agora!
Os livros citados neste episódio são:
“Cães”, de Julia Grilo
“Dom Casmurro”, de Machado de Assis
“A amiga genial”, Elena Ferrante
“Torto Arado”, de Itamar Vieira Junior
“A estrangeira”, de Claudia Durastanti
“Paraízo-Paraguay”, de Marcelo Labes
Conteúdo extra
“A Bahia é o meu centro”: entrevista de Itamar Vieira Junior para a 451
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Stefani e Carol